Oi gente,
Título bem obscuro hoje né?!? Acho que é porque esse é exatamente o meu humor nas últimas semanas. Em um intervalo de apenas 2 semanas, perdi duas pessoas que amava profundamente: meu professor-amigo e meu avô.
E foi exatamente por isso que decidi tratar um pouquinho do assunto morte. Mas, não da morte de quem faz sua passagem. A morte das pessoas que ficam vivas. Muito paradoxo pra um post só né?!? Eu sei, eu sei, sim eu nunca afirmei ser normal.
A verdade é que por mais que digamos que estamos preparados para perder alguém, nós nunca estamos. Por mais que se saiba que quem amamos está sofrendo infinitamente e que a morte seria um alivio às dores da pessoa, somos e sempre seremos egoístas e pensaremos que nós é que iremos sofrer caso elas se vão. É normal e provavelmente todos nos sentimos assim algum dia: impotentes e fracos diante de uma situação irreversível.
Perder algo ou alguém que se ama definitivamente deveria ser o item número 1 na lista das piores coisas na vida humana. Chegar a ser algo imensurável a dor que se sente. E o problema maior é que dói no presente e vai continuar doendo pra sempre.
A morte é algo banal, brutal e atemporal. Nunca se sabe quando ou como ela se apresentará a nós, porém a única certeza que se têm é que um dia ela virá e que mesmo com todos os esforços contrários a ela, ela simplesmente partira com o que nos é inestimável.
Eu gostaria, e sei que todo mundo também, de ter tido mais tempo. De ter dito mais 'Eu te amo' e de ter ouvido mais deles também. Eu gostaria de por apenas mais um segundo rever aqueles que amo. Eu gostaria de ser mais forte, de ter um botão de desligar, algo que me fizesse parar de sentir dor. Infelizmente esse botão não existe e apenas sentindo essa dor nos tornamos mais humanos, como certa vez um amigo me disse.
Não sei como ou por quê ela existe. Sei apenas que deveríamos ouvir Renato Russo quando ele nos disse: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há".
Bruna M.